Ouve-se tanto falar sobre o livre arbítrio que tornou-se algo
clichê aos meus ouvidos. Ora pois, que significado a humanidade atribui a livre
arbítrio, senão pregar uma falsa liberdade de escolha onde quem reina sempre
são pastores e sacerdotes lhe dizendo o que tem de fazer ou não? Não me entenda
como ateu, lhe imploro; só penso que desde que se vive o livre arbítrio, o
poder de escolha é totalmente seu. A atribuição de que dão à palavra fé, é algo
totalmente vago. A minha experiência vai ser diferente da sua e de qualquer
outro ser que aqui habita e se diz humano. As minhas leis, quem faz sou eu. Meu
sinônimo de bondade pode ser matar bruxas e políticos corruptos, enquanto o seu
pode ser doar esmola aos pobres. E quem irá contestar? Vivemos em uma sociedade
onde não existe certo e errado e a subjetividade torna-se cada vez mais
subjetiva. E o livre arbítrio? Que se exploda com os falsos moralistas!
Essencial é viver ao seu modo de pensar e se sentir realizado em suas escolhas
e objetivos. Egoísmo? Não, essência.
Marcella Souza