Quando
as lamentações se tornam algo constante, quando a felicidade se
torna imensamente distante, quando não há um ponto de paz, há sim
algo errado. Talvez com a gente, talvez com os outros, talvez com
ambos. O que é certo é que a desilusão se tornou algo rotineiro e
não há como escapar do vazio que fica entre a falta do que fazer e
o que já foi feito. O desamor lançado em arremessos fatais, como
faca de dois gumes onde a única opção é ferir, já é trazido
como amigo de jornada, daqueles bem íntimos que já até sabem seus
futuros movimentos bem como seus pensamentos, ainda que nenhuma
palavra seja dita. A falta de afeto explícita e arriscaria até
citar o arrependimento de um ato falho. A quem percorrer? Nessas
horas, creio que até mesmo o tempo se torna algo dispensável. A
distância talvez seria uma grande aliada, ao menos assim as
expressões de 'dessentimento' seriam menos prováveis. Mas pra onde
ir? Como ir? Nem mesmo a sorte me acerta...
Marcella Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário